Flor de Lótus de Mil Pétalas

Espiritualidade, canções, memórias, sonhos, pensamentos, impressões, tudo o que acontece no meu mundo interno se torna mais real do que a própria realidade...

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Tempo

"Tempo" ou "Mensagem de despedida"



O tempo parou
O tempo passou por mim
Foi-se o tempo em que as borboletas voavam leves demais
Foi-se o tempo em que elas não voavam mais

O tempo cura tudo
O tempo faz passar
O tempo traz de volta
O tempo faz durar

O tempo é ingênuo
O tempo é ingrato
E agora, o que o tempo me trará?


Vou ficar um bom tempo sem escrver, eu acho...
Agradeço aos leitores tanto carinho e tanto tempo dedicado a ler meus textos!
Nunca esquecerei!
Beijo e bye-bye,
Natsumi

terça-feira, novembro 28, 2006


"Saber amar é saber deixar alguém te amar"

Janelas abertas
Velocidade 120 km/h
Brisa da manhã
Céu vermelho-rosado
Nascer do sol no horizonte

Acabei de deixar meu amor
Na beira da estrada
Beijo de despedida
Carinho no olhar
Abraço apertado
Saudade

Mas a distância é breve
Estamos juntos
Sinto-me em paz

sábado, novembro 11, 2006

Adeus ao mundo cor de rosa...


Chuva e Adeus


Menininha carente, eu?
Não.
Retire o que tu disseste, por favor.
Tenho 26 anos.
Posso ser uma mulher delicada.
Mas meiga e fofa,
Não quero nunca mais.

Então, não me protejas, meu amor.
Deixa-me cair.
A queda é morte.
E a morte não é fim.
A morte é transformação.

- Natsumi Higurashi




"Manda-se naquele que não pode obedecer a si próprio."
- Nietzsche

terça-feira, novembro 07, 2006

Mais uma vez aqui...


Refúgio e Redenção



Manhã fria de primavera
Meu tênis azul-marinho faz contraste na areia
Calça jeans, blusa preta, casaco de lã
Fecho os olhos e ouço o som mais maravilhoso da natureza
O céu e o oceano estão sem cor, hoje
O vento está batendo bem forte
Fora e dentro de mim
Sinto os dedos do vento entremeando-se no meu cabelo
O cheiro do mar penetrando no pensamento
E a música das ondas lavando a minha alma

Esta é minha eterna redenção

- Natsumi Higurashi

E havia trilha sonora:
Hollow Years
Dream Theater


He's just the kind of man
You hear about
Who leaves his family for
An easy out
They never saw the signs
He never said a word
He couldn't take another day

Carry me to the shoreline
Bury me in the sand
Walk me across the water
And maybe you'll understand

Once the stone
You're crawling under
Is lifted off your shoulders
Once the cloud that's raining
Over your head disappears
The noise that you'll hear
Is the crashing down of hollow years


She's not the kind of girl
You hear about
She'll never want another
She'll never be without
She'll give you all the signs
She'll tell you everything
Then turn around and walk away

Carry me to the shoreline
Bury me in the sand
Walk me across the water
And maybe you'll understand


Once the stone
You're crawling under
Is lifted off your shoulders
Once the cloud that's raining
Over your head disappears
The noise that you'll hear
Is the crashing down of hollow years

sexta-feira, novembro 03, 2006

Senhor Tempo

William Turner
The Fighting "Temeraire" tugged to her last berth to be broken up ~ 1838;
Oil on canvas, 91 x 122 cm; National Gallery, London


tic tac tic tac tic tac tic tac
tic___________________
__tac________________
____tic_______________
______tac____________

Tempo
Disseram pra mim que o tempo é você quem faz
Disseram também que o relógio é uma mera invenção do homem
Disseram que o tempo é flexível, solto, maleável
Disseram que o tempo é um só, sem passado, presente ou futuro
Disseram pra mim que o tempo não existe

Diz pra mim, então, ó, Senhor Tempo
Como foi você se tornar o senhor de mim?
Quando foi que perdemos o relógio cujo senhor era o nosso coração?

Porque nós sabemos o que é bom pra nós
Mas escolhemos só o que dá tempo
Porque sabemos que a ordem das coisas não altera o produto
Mas preferimos ficar com o que o tempo determinou
Porque sabemos que de nada adianta se esconder
Mas quem sabe um dia, no futuro, se o tempo permitir...
Porque sabemos que a coisa mais feia é mentir para si mesmo
Mas continuamos deixando o tempo passar

Quero acreditar que o tempo não existe
Quero ver essa matriz e caminhar pelas suas linhas
Como uma fada que faz a magia acontecer

Porque se não houvesse o tempo
Todas as escolhas se tornariam

P O S S Í V E I S

quinta-feira, novembro 02, 2006

Física Quântica

Realidade... dentro de mim

Vem, meu sonho, e me leva com você

Vem, porque a realidade que vale não é essa que está aí

Vem, porque o tempo, que a gente pensa que passa, é um só


E nos momentos que você não está, parece que o tempo não quer passar



Fecho os olhos e deixo essa loucura me levar

Viajando no tempo e no espaço pra chegar até onde você está

Sabendo que meu corpo transcende

Como a matéria que nada mais é do que a energia do vento

Sabendo que o ontem e o amanhã são ilusões que nossos limites criaram

Sabendo que a vida que chamamos de real também não passa de ilusão

E que tudo que se realiza de verdade é o que sonho

É o que sinto quando fecho os olhos

É o que vejo quando viajo acordada pelo imaginário



Traz pra mim esse sonho que me faz despertar

Mostra-me que a magia da vida vai além dos olhos

Descobre comigo o caminho para criar as asas

Que nos farão voar mais alto que as nuvens

Foge comigo desse mundo enlouquecedor

De imagens que cegam

De certezas que ensurdecem

De regras que emudecem



Vem, meu anjo, e me leva com você

Deixa eu mergulhar nos seus olhos mais uma vez

Deixa eu me envolver nos seus braços um instante a mais

Que a nossa aventura mal começou

E a paz que eu sinto com você já me conquistou


- Natsumi Higurashi

quarta-feira, outubro 18, 2006

Diário de Viagem

Voar sobre as Nuvens
Foto por Natsumi Higurashi, dia 15/10/2006, já com saudades do Recife!



Pisei na plataforma
E uma euforia de leve
Começava a tomar conta
O céu, azul
O sol, suave
O espírito, paz

Cheguei na pequenina janela
Vi o solo ficando cada vez mais distante
E as nuvens, branquinhas, cada vez mais perto
Mergulhei nas nuvens
Banhei-me nelas
E quanto mais próximas, mais transparentes
E quando me dei conta
O azul e as nuvens não mais estavam do lado de cima
Eu os via ao olhar para baixo!

E lá embaixo,
Junto às sombras delicadas
Que as nuvens deixavam no chão
O mar
Azul-esverdeado, transparente, infinito
Fui voando pela beira do litoral
E mesmo lá de cima
Podia ver as pedras no fundo do mar
E as ondas quebrando na areia

E pensei como é linda a minha terra
Como há vida e luz
Nessas águas do Nordeste
Nessas nuvens de algodão
E como bate forte o meu coração
De baiana, de gaúcha, de carioca, de pernambucana

De brasileira!

- Natsumi Higurashi
(pena que dessa vez o codinome não é em português!)